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Censo: IBGE propõe nova classificação para espaços territoriais


Objetivo não é substituir a classificação vigente, diz geógrafa - Foto: Licia Rubinstein


De acordo com o IBGE, trata-se de um estudo experimental, de caráter exploratório, voltado para levantar a discussão acadêmica e institucional sobre as características que definem os espaços rurais, urbanos e da natureza. A classificação dos diferentes espaços do território nacional fornece um quadro de referência capaz de subsidiar planejamentos territoriais no Brasil. As outras quatro representariam áreas de transição que podem mesclar características de duas ou das três categorias. De acordo com a geógrafa Maria Monica O'Neill, gerente de Regionalização e Topologias do Território do IBGE, o objetivo não é substituir a classificação vigente.


"Trata-se de uma proposta, apresentada em caráter experimental, que poderá conviver e complementar a atual classificação, que não pode ser considerada obsoleta, pois cumpre seu papel na divulgação de dados das pesquisas e garante a comparabilidade temporal. A classificação rural e urbana pode ser vista sob diferentes prismas e escalas geográficas - regional, municipal, inframunicipal - e essas aproximações são complementares», afirmou. "Ao sugerir nova categoria para os espaços da natureza, o estudo buscou contornar a dicotomia rural-urbano, que tem sido tema de debate entre geógrafos. Em muitos casos, estão incorporadas, diluídas ou classificadas como espaços rurais, mas também há casos de áreas verdes urbanas que compõem ou estão classificadas como áreas urbanas de baixa densidade," explica.


A geógrafa propõe uma classificação por área de ponderação, valendo-se de um recorte territorial menor do que o município. Considerando a proposta, os espaços com grau de urbanização variando entre 75% e 100%, que incluem as capitais brasileiras, são enquadrados como áreas urbanas principais das grandes e médias concentrações urbanas. A partir da nova classificação, a equipe do IBGE também analisou mudanças territoriais. Na região Centro-Oeste, as áreas da natureza perdem espaço diante da maior presença de áreas de produção da agropecuária.


(Com informações da Agência Brasil)

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