Presidente, vice-presidente e secretário do Leste 2 assinaram a nota.
O Conselho de Pastoral do Setor Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do qual faz parte a Diocese de Oliveira, divulgou nessa quarta-feira (23), uma nota manifestando preocupação pelas matérias em discussão e votação no Supremo Tribunal Federal (STF), acerca da descriminalização das drogas e do aborto até o terceiro mês de gestação.
A presidência da instituição reitera que “a práxis pastoral da Igreja Católica nestes dois campos permite que levantemos a voz para dizer não ao aborto e às drogas, porque não faltam iniciativas de nossa parte para socorro e ajuda às pessoas e famílias que estão vivendo dramas nessas duas formas de violência contra a vida”.
No texto, assinado pelo presidente do Regional, Dom José Carlos de Souza Campos; pelo vice dom Airton José dos Santos e pelo secretário dom Joel Maria dos Santos, os bispos lamentam que a vida humana seja tratada de modo desigual entre os que estão ainda nos ventres e os que pisam o chão da história, bem como discordam completamente da liberação das drogas, como se coisa boa e saudável elas fossem para o cultivo de vida plena.
“Aborto e drogas são males e desgraças que entorpecem e ferem vidas, consciências e histórias, prejudicam pessoas, famílias e a sociedade inteira. Há de se pensarem formas éticas e sadias de oferecer ajuda às gestantes em situação de risco ou insatisfeitas com a gravidez, bem como oferecer ajuda terapêutica aos toxicodependentes. Não se trata de liberar uma coisa e outra e relegar ao foro individual decisão tão séria acerca da própria vida e da vida alheia ainda em gestação e indefesa”, argumentam os religiosos.
Além disso, observa a nota, mesmo que se trate de organismo legítimo e de instituição democrática, julgamos não ser a instância pequena dessa Corte Federal a decidir sobre estas matérias, já descartadas em instâncias mais apropriadas e colegiadas de discussão. O ativismo do Judiciário se torna ainda mais grave quando pondera e decide sobre questões que tocam o valor absoluto e inalienável da vida humana.
“No dia em que celebramos Nossa Senhora Mãe e Rainha no Reino de seu Filho Jesus Cristo, apelamos a todo o povo cristão e católico para que reze e suplique a Deus que a ética do Evangelho da vida prevaleça sobre qualquer política ou decisão que seja favorável à morte e oposta à dignidade do ser humano”, encerra a nota da CNBB.
Commentaires