Henrique Chendes/ALMG
Lucas Lasmar cobrou melhorias no sistema, que apresenta problemas.
Durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou a substituição do programa SUSfácil, usado para agilizar o atendimento hospitalar público no Estado. A reunião foi solicitada pelo deputado Lucas Lasmar (Rede).
A audiência pública, realizada no último dia 4 de abril, foi a segunda solicitada por Lucas Lasmar, no período de um ano, para cobrar melhorias no sistema, que está defasado e apresenta problemas que dificultam a vida de pacientes à espera de um leito hospitalar em todo o Estado.
O SUSfácil, com mais de 114 mil usuários cadastrados e atendendo a mais de um milhão de solicitações anualmente, possui entraves como a impossibilidade de anexar laudos de imagem como raio-x e tomografias, dificultando o processo de transferência hospitalar que pode salvar a vida dos pacientes mais graves.
Lucas Lasmar também critica o regime de teletrabalho dos médicos reguladores, responsáveis por avaliar a gravidade dos casos e encaminhá-los para o atendimento rápido e adequado. “Como provar que um médico regulador está mesmo na frente do computador em um sábado à noite? Para melhorar o acompanhamento do expediente desse profissional, apresentamos o projeto de lei 1.797/2023, que prevê, entre outras medidas, o reconhecimento fácil dos médicos reguladores em home office”, explica o deputado.
Em resposta às críticas, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou a substituição do SUSfácil pelo projeto Regulação 4.0, prometendo melhor organização das informações dos pacientes, inclusive com upload de imagens. No entanto, a SES não definiu um prazo para essa transição.
Lucas Lasmar expressou otimismo em relação ao novo programa, mas pediu esclarecimentos sobre seu funcionamento e prazos. O deputado ressalta que o sistema de regulação de leitos em Minas precisa ser melhorado com urgência. “Precisamos de mais transparência no SUSfácil. Apresentamos na ALMG o projeto de lei 1.709/2023, para que o paciente possa consultar seu lugar na fila de espera por uma cirurgia eletiva, juntamente com o projeto de lei 1.368/2023 para obrigar os municípios a atualizarem mensalmente as filas de espera no SUSfácil”, ressaltou.
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