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Foto do escritorLeonardo José da Rocha

Hospital esclarece sobre aplicação de soros antipeçonhentos


Renato Cobucci / Imprensa MG

Teleatendimento do Ciatox funciona 24 horas.


Pessoas atacadas por animais peçonhentos como cobras, escorpiões e aranhas, ao procurarem por socorro no Pronto Atendimento Municipal (PAM) de Oliveira, contam com o suporte do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (Ciatox-MG), vinculado ao Hospital João XXIII, de Belo Horizonte. O protocolo adotado pelo PAM visa propiciar maior segurança e proteção ao paciente. Antes de ser aplicado o antídoto, o médico faz uma avaliação do estado da pessoa ferida e se comunica com a equipe do Ciatox, que se encarrega de enviar orientações sobre o melhor procedimento a ser adotado. Este protocolo deve ser observado porque a aplicação do soro pode não ser a melhor solução, podendo, inclusive, colocar em risco a saúde e vida do paciente.


Os soros antiofídico e antiescorpiônico são produzidos por quatro laboratórios credenciados no Brasil: Instituto Butantan (São Paulo), Instituto de Pesquisa do Paraná, Instituto Vital Brasil (Rio de Janeiro) e Fundação Ezequiel Dias (Belo Horizonte). Toda a produção é comprada pelo governo e distribuída aos Ciatox, uma rede de 35 centros espalhados pelo Brasil, criada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Para prestar o socorro necessário, o Ciatox do Hospital João XXIII conta com uma equipe médica disponível 24 horas, todos os dias da semana.


Para acidentes por cobras, o soro antiofídico é disponibilizado de acordo com a sua especificação entre cidades próximas, tendo em vista que para cada tipo de serpente existe um soro específico. A disponibilização do soro por cidades leva ainda em conta o fato de não ser vendido e, por possuir prazo de validade reduzido, não haveria razões para manter grandes quantidades e variedades em estoque.


Ao efetuar atendimento a um paciente picado por cobra, O PAM de Oliveira, se não possuir o soro específico em estoque, solicita o produto à cidade próxima onde há disponibilidade ou encaminha o paciente àquele município. O transporte do antídoto ou do paciente é efetuado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).


As dicas do Ciatox para as pessoas evitarem os acidentes com animais peçonhentos variam de acordo com cada caso e tipo de animal. No caso dos escorpiões, o segredo é combater as baratas, principal alimento deles. Quem guarda entulho de construção em casa ou material reciclável também tem mais chance de ser picado, além de pessoas que moram em casas sem laje no teto. Nesses casos, a dica é observar sempre as telhas da casa e passar uma vassoura. Outra orientação é que a pessoa, antes de dormir, verifique o travesseiro e o lençol. Também é aconselhável olhar os sapatos e a roupa que vai vestir. Para as pessoas que têm quintal grande ou moram em sítios, a dica é criar galinhas. O maior cuidado, no entanto, é manter a casa limpa.

Não sendo possível evitar a picada, a orientação é para que não se aperte a área afetada, nem apliquer gelo. O correto é lavar o local com água e sabão para evitar contaminação e seguir imediatamente para o hospital.


As pessoas atacadas por animais peçonhentos não devem praticar nenhum tipo de “simpatia”, como colocar borra de café, alho ou fazer incisões no local, uma vez que para nenhuma dessas simpatias existe comprovação científica.

Em caso de picada por animal peçonhento levar a vítima a um serviço de saúde o mais rápido possível; se possível, levar também o animal que picou, vivo ou morto, para facilitar a identificação e indicar o remédio a ser aplicado; se não for capturado, caso seja possível, fotografe o animal de vários ângulos e leve as fotos ao serviço de saúde onde a vítima for atendida; não fazer torniquete; não furar ou tentar chupar o local da picada; não oferecer água ou alimentos à vítima.


O teleatendimento do Ciatox do Hospital João XXIII funciona 24 horas, todos os dias pelos telefones 0800 722 6001, (31) 3224-4000 e (31) 3239-9308.

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