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Mosquito da dengue se adapta à procriação em água suja

Atualizado: 8 de nov. de 2022

Cientista alerta para os novos perigos de contaminação


Reprodução da Internet

Estudos recentes revelam que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, tem se adaptado e descoberto novas formas de se reproduzir. Segundo Natalia Verza Ferreira, doutora em genética e biologia molecular e diretora da Oxitec do Brasil, a sociedade precisa redobrar a atenção, pois o Aedes aegypti tem se adaptado e vem se reproduzindo inclusive em água suja, o que não ocorria há alguns anos. Com isso, as notificações de contaminação pelas doenças transmitidas pelo mosquito têm aumentado.


Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que as notificações subiram quase 185% entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado, alcançando a marca de 1,3 milhão de registros. Nesse período, houve 909 mortes. Para a especialista, além dos cuidados diários para evitar o acúmulo de água em lugares ou objetos que podem se tornar criadouros, é preciso atualizar os protocolos de controle do Aedes aegypti descritos no Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD), incorporando soluções sustentáveis que já foram, inclusive, aprovadas para uso no Brasil.


O Ministério da Saúde lançou, no final de outubro, a campanha nacional de combate ao Aedes aegypti, que também transmite doenças como zika e chikungunya. Um dos motivos da iniciativa, com o tema “Todo dia é dia de combater o mosquito”, é a explosão de casos verificados em 2022 em relação ao ano anterior. Pesquisadores e cientistas têm buscado conscientizar a população brasileira sobre os perigos do inseto e a importância de combate aos criadouros.


Durante o lançamento da campanha o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, lembrou que a epidemia da dengue existe há mais de 30 anos e desde antão não foi possível erradicar o problema no país. Ele observou que esta não é uma atividade simples, já que não temos vacinas para arbovirose, nem tratamentos específicos. Então, a principal arma é combater o mosquito.

O ministro observou que, se não houver a colaboração da sociedade, todo ano vamos ter casos e casos de todas essas doenças.


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