O custo da Cesta Básica em Oliveira se manteve em alta e fechou o ano de 2022 6,14% maior que o custo da mesma lista de produtos em Belo Horizonte. O valor da cesta atingiu R$ 739,04 em dezembro, equivalentes a 65,92% do salário mínimo líquido, deduzidos os 7,5% de Previdência Social, enquanto em Belo Horizonte ficou em R$ 696,32. O oliveirense que ganha 1 salário mínimo por mês precisou trabalhar aproximadamente 145 horas, somente para adquirir os itens indispensáveis à sua sobrevivência.
Dentre os produtos que mais sofreram variação, merecem destaque o leite, cujo preço caiu consideravelmente, apresentando uma redução de mais de 21%, sendo o item com maior variação negativa. Bananas, batatas e tomates também merecem destaques, sendo responsáveis pela variação positiva no custo da cesta básica, com alta de mais de 30% cada.
As variações nos preços estão associadas à oferta e demanda, ou seja, os preços reagem buscando o equilíbrio entre a quantidade relativa a compradores e a quantidade relativa a vendedores. Quando a quantidade ofertada dos produtos diminui, a tendência é um aumento nos preços, ao passo que quando a quantidade ofertada aumenta, a tendência é a redução nos preços ao consumidor, que deve pesquisar os preços.
Em mercados distintos é possível encontrar marcas iguais com preços diferentes, além de marcas substitutas com preços mais atrativos. Outro ponto a ser observado é a estrutura dos mercados. Normalmente os mercados de bairro, caracterizados pela conveniência, apresentam preços mais elevados, mas isso não é regra, sendo importante a pesquisa.
Os produtos que compõem a pesquisa e as respectivas quantidades foram definidos pelo Decreto 399 de 1938. O dispositivo legal estabelece que o salário-mínimo é a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
O relatório de acompanhamento da Cesta Básica de Oliveira é uma publicação elaborada pelo grupo de monitoramento FEOL, sendo um trabalho de Pesquisa e Extensão. O objetivo é informar as famílias sobre as variações de preços da cesta básica e assim, ajudar a perceber como o poder de compra dos seus rendimentos é afetado no tempo.
A pesquisa tem como base a metodologia desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Os dados foram coletados mensalmente, com exceção do mês de julho de 2022, em 18 estabelecimentos comerciais de Oliveira. Informações adicionais sobre a metodologia de cálculo da pesquisa podem ser obtidas mediante solicitação pelo e-mail: joaopaulolonguinho@feol.com.br.
A equipe técnica da FEOL foi composta pelo coordenador da pesquisa, professor João Paulo Aparecido Longuinho e pelas alunas Ellen Juliane de Oliveira, Gabriela de Sousa Ribeiro e Thaís Kellen Ferreira Santos.
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