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Passeata contra abuso de crianças e adolescentes


Marcelo Praxedes

Durante desfile estudantes exibiram cartazes em apoio ao movimento.

 

A celebração do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado em todo o país no dia 18 de maio, foi marcada por uma passeata nas ruas centrais da cidade. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em parceria com as unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O ato teve o objetivo de mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos das crianças e adolescentes.


A concentração para o desfile aconteceu na Praça Dona Manoelita Chagas, de onde os participantes seguiram em direção à Praça XV de Novembro. Participaram do ato servidores dos órgãos envolvidos na sua organização, diretoras, professores, alunos e fanfarras de diversas escolas da cidade, várias delas carregando cartazes alusivos à campanha. Também estiveram presentes ao evento a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Juliana Saiuri Nagishi Biancardi, e a prefeita Cristine Lasmar (MDB), que acompanharam todo o percurso.


A mobilização pela data é baseada na campanha nacional “Faça Bonito” que busca conscientizar a população da necessidade de garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e exploração sexual. O símbolo de uma flor amarela usado na campanha faz referência a desenhos da primeira infância, além de associar a fragilidade de uma flor com a de uma criança.


O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído pelo Congresso Nacional em 2000, e marca a passagem do assassinato da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, há 51 anos em Vitória (ES). Depois de seis dias de desaparecimento, o corpo da criança foi encontrado com marcas de violência, desfigurado por ácido e com evidências de estupro. O crime, conhecido como “Caso Araceli”, ainda permanece impune.


Passadas cinco décadas do crime hediondo, dados disponíveis na página do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) revelam números altos, confirmados por indicadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Conforme relatório da entidade foram notificados 58.820 casos de estupro de meninas e meninos nas delegacias de todo o país em 2022, uma alta de 7% em relação ao ano anterior.


O serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100) registrou entre 1º de janeiro e 13 de maio deste ano 7.887 denúncias de estupro de vulnerável. A média de denúncias em 134 dias é de cerca de 60 casos por dia ou de dois registros por hora.  As pessoas podem utilizar para denunciar canais como o Disque 100, Conselho Tutelar ou a Polícia Militar pelo número 190, todos com funcionamento 24 horas por dia, todos os dias.

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