Passeata marca o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
- Leonardo José da Rocha
- 5 de abr. de 2024
- 2 min de leitura

Estudantes pedem redução da discriminação contra quem apresenta o
Transtorno do Espectro Autista.
Passeata promovida pelos alunos e professores da Escola Estadual Doutor José Maria Lobato (Polivalente), na terça-feira (02), marcou a passagem do Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Portando cartazes e caminhando pela Avenida Maracanã, os estudantes pediram mais respeito, empatia e inclusão das pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com o apoio da Polícia Militar e do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), entregaram panfletos a transeuntes e motoristas. A data foi também celebrada na Praça XV de Novembro, com mães de autistas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e do Centro de Atendimento à Educação Inclusiva (CAEI),
No dia 02 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Uma data dedicada a valorizar as capacidades e respeitar os limites das pessoas portadoras do TEA. O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi estabelecido em 2007 pelas Nações Unidas e, desde então, vem sendo celebrado como forma de aumentar a conscientização relacionada ao TEA. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o autismo afeta uma em cada 100 crianças em todo o mundo.
O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas.
No Brasil, existe a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conhecida como Lei Berenice Piana, criada em 2012, que garante aos autistas o diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além do acesso à educação, proteção social e trabalho.
A política nacional considera o autista pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. Em 2020, outra legislação, a Lei Romeo Mion, criou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), que pode ser emitida gratuitamente por estados e municípios. A pessoa com TEA tem direito a receber um salário mínimo (R$ 1.412) por mês, por meio do Benefício de Prestação Continuada (BPC), caso seja incapaz de se manter sozinha e a renda per capita da família for inferior a um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 353,00.
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