Unidade instalada em Oliveira já tinha 22 funcionários.
Esteira industrial era utilizada na “linha de produção”.
Após receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar (PM), de posse de um mandado de busca e apreensão, na manhã de quinta-feira (28), localizou um galpão no Distrito Industrial Demerval Chagas Almeida, em que funcionava uma fábrica clandestina com indícios de falsificação de sabão em pó. A indústria foi fechada. Cerca de seis toneladas de sabão e uma grande quantidade de embalagens falsificadas com a marca OMO foram apreendidas. Duas pessoas — uma de Oliveira e outra de Nova Serrana —, suspeitas de serem administradoras do local, foram presas.
Na ação, os policiais apreenderam ainda uma empilhadeira, uma caminhonete, uma motocicleta e um micro-ônibus. Os produtos adulterados e diversos equipamentos, incluindo uma esteira industrial, permaneceram apreendidos no local, que foi lacrado pela perícia da Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária Municipal, até que haja uma decisão da justiça sobre o caso.
PM apreendeu empilhadeira e até um micro-ônibus.
Segundo o tenente Clevson Montijo, no momento da abordagem policial vinte e dois funcionários e duas pessoas responsáveis pelo gerenciamento trabalhavam no local. Os gerentes foram detidos e os funcionários inseridos no boletim de ocorrência na condição de testemunhas.
Disse ainda, o militar, que as pessoas trabalhavam em condições precárias de higiene e sem equipamentos de proteção para o trabalho (EPIs). Uma delas, devido à ausência de proteção, apresentava queimaduras nas mãos.
A “linha de produção” estava ativa pelo menos desde segunda-feira (18). O crime consistia na aquisição, por atacado, de sabão em pó de qualidade inferior e sem marca, em outros estados. O produto era embalado como marcas conhecidas, entre elas a do sabão OMO.
Desde fevereiro deste ano casos similares ao de Oliveira vêm ocorrendo em Minas Gerais. Na região Centro-Oeste já foram fechadas fábricas clandestinas de sabão em pó em Divinópolis, Itaúna, Pará de Minas, São Gonçalo do Pará e Nova Serrana. A marca OMO, geralmente vendida a preço mais elevado, é a preferida pelos falsificadores.
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