Carlos Augusto Mattos
Assunto foi debatido durante reunião ordinária de segunda-feira.
A peculiar situação do transporte público em Oliveira teve repercussão na Câmara Municipal na segunda-feira (4), quando vereadores comentaram sobre o cenário atual. Um grupo de parlamentares considerou como correta a decisão da prefeita Cristine Lasmar (MDB) de contratar uma empresa em regime de urgência, para não deixar a população desassistida. Outros criticaram a medida, lembrando que a Voltur, concessionária do transporte, vem mantendo o serviço regularmente e que o contrato com a Prefeitura continua em vigor.
Cleyton Murilo da Silva (PDT) classificou como “bagunça” o que vem acontecendo em relação ao transporte público de Oliveira. Ele disse acompanhar o problema desde que foi eleito, há três anos, e que nesse tempo não foi encontrada nenhuma solução. Diferente disso, o serviço só vem piorando, com diminuição de linhas e horários. Para Cleyton, a situação foi provocada principalmente pela falta de diálogo entre o Executivo e a empresa, criticando a atitude de buscar uma solução somente agora, em um ano eleitoral, classificando a medida como politicagem.
O vereador Antônio Ananias de Sousa (MDB) foi outro que criticou a decisão anunciada pela prefeita Cristine Lasmar, classificando a iniciativa como eleitoreira. Ele também lembrou que há muito tempo vem sendo tentada uma solução para o transporte, lembrando as reuniões que a Câmara promoveu durante sua gestão como presidente e no ano passado. Antônio Ananias ressaltou ainda a necessidade da volta de linhas desativadas como forma de beneficiar moradores de diversos bairros.
Já para Geraldo Nicácio Júnior (PSD) a medida demonstra a responsabilidade de Cristine Lasmar em relação ao transporte público e foi tomada para não deixar a população desamparada. O vereador disse que a direção da Voltur mais uma vez blefou ao anunciar que iria interromper o serviço, caso não recebesse o subsídio da Prefeitura. Ele ressaltou que a ajuda não foi concedida porque a empresa não conseguiu comprovar o desequilíbrio financeiro e pediu um valor alto. “Com esse valor a Prefeitura consegue bancar o transporte de graça”, destacou.
Sirley Clécio da Silveira (PDT) também lembrou que o problema já vem de bastante tempo, e que depois da pandemia o sistema ficou praticamente inviável, não só em Oliveira, mas e vários municípios. O vereador disse que a contratação de uma empresa pela Prefeitura não foi uma decisão unilateral, tomada depois que a Voltur ameaçou parar o serviço. Diante disso, o Executivo decidiu adotar a medida em caráter emergencial. Para ele, o modelo pode ser um embrião para o transporte público gratuito na cidade.
Gilmar Sebastião Cândido (PODE) disse que o problema vem desde janeiro de 2017, quando funcionários da Voltur foram à Câmara em busca de solução para o transporte. Ele lembrou que o serviço oferecido não é gratuito e está sendo custeado pelo dinheiro dos impostos. Éderson de Souza da Silveira (MDB) entende que a prefeita agiu da maneira certa, salientando que ofereceu recursos da Câmara para o Executivo investir no transporte. E destacou que a população não poderia ficar sei o serviço.
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