top of page

Problemas de saúde não urgentes devem ser atendidos nas UBS


A respeito do mau uso de pacientes que procuram o Pronto Atendimento Municipal (PAM) de Oliveira, tema de reportagem publicada pela GAZETA DE MINAS em sua edição do dia 12 de junho, a enfermeira Fernanda de Lima Sabino, coordenadora da atenção primária da Secretaria Municipal de Saúde, explicou como a população pode desafogar a unidade, utilizando de forma mais apropriada as Unidades Básicas de Saúde (UBS) existentes no município. Ela disse também que é preciso uma maior conscientização das pessoas a respeito dos serviços prestados pelas UBS e pelo pronto atendimento.


Oliveira possui atualmente 12 unidades básicas, onde estão instalados os postos do Programa Saúde da Família (PSF), dez na cidade de Oliveira, uma no distrito de Morro do Ferro e o PSF rural, que atende todas as comunidades na zona rural, com extensões em algumas delas. Fernanda Sabino observa que essas unidades oferecem consultas para casos que não são considerados de urgência e emergência, como sintomas gripais, dores leves de cabeça, estômago e em outras partes do corpo. No local também são atendidos pacientes de grupos prioritários da atenção primária, tais como hipertensos, diabéticos, de puericultura, pré-natal, idosos e adolescentes.


A coordenadora informa que parte desses atendimentos é realizada mediante agendamento prévio, feito a cada sete ou quinze dias, dependendo da unidade. Fernanda Sabino observa que, mesmo que o usuário não esteja agendado, ele pode ser atendido pelo médico presente, isso depois de passar por acolhimento e triagem com a equipe de enfermagem da UBS. Também são reservadas duas vagas diárias para os casos de urgência. Sendo assim, muitos pacientes que procuram o PAM poderiam passar por consulta médica nos postos do PSF de forma eficiente e mais rápida.


Diariamente são disponibilizadas de dez a doze consultas no período da manhã e mais dez no período da tarde, estas para os grupos prioritários. Apesar desse limite, a enfermeira salienta que nenhuma pessoa que procura as unidades básicas sai dos locais sem uma solução. Ou elas são atendidas naquele instante, dependendo da disponibilidade de vagas, ou são agendadas para retornar em outra data. De acordo com Fernanda Sabino, muitas pessoas optam por procurar o PAM em razão da maior resolutividade nos procedimentos. Lá o paciente é atendido pelo médico, faz exames e já sai com o diagnóstico e a receita médica, se for o caso.


Nas unidades básicas esse processo é mais demorado, pois o usuário necessita passar pela consulta médica, sair com o pedido de exames para serem feitos no laboratório e agendar o retorno para que o médioco possa avaliar os resultados.


Fernanda Sabino diz que é preciso conscientizar a população sobre os atendimentos feitos pelo PAM e pelo PSF, informando as pessoas sobre quando procurar uma e outra unidade. Ela informou que está sendo planejada pela Secretaria de Saúde uma capacitação voltada para os agentes de saúde, para que eles orientem a população sobre quando se dirigir a cada local. Essas orientações serão prestadas durante as visitas domiciliares que são feitas rotineiramente pelos agentes de saúde, mas a enfermeira entende que esse é um trabalho de longo prazo. Fernanda disse também que a secretária de Saúde, Nonata Elisângela da Silva Neto, está tomando outras providências para amenizar o fluxo no PAM.

Comentários


bottom of page